A encadernação surgiu na minha vida em 2012, mas virou um negócio em 2013.
No meio do caminho troquei o nome da marca, mas sempre esteve associado às borboletas.
A ideia do nome surgiu quando descobri a espécie de duas borboletas que apareceram no meu portão. Curiosamente, uma de cada lado.
Tive o privilégio de, além de observar, interagir com elas pelo tempo que decidiram ficar.
Eram da espécie brassolis, possivelmente astyra. E, por terem hábitos noturnos e viverem na minha palmeira, eu raramente as vejo na fase borboleta.
Nós temos nosso próprio processo de metamorfose, ou vários ao longo da vida, e borboletas são uma metáfora perfeita pra vida.
Assim como elas, nossa transformação é intensa. E uma vida que encontra alegria nas pequenas coisas, mesmo com tantos questionamentos sobre a existência e seu propósito, é algo que pode ser compartilhado, quem sabe, no papel.
As astyras me ajudaram a resgatar a curiosidade pela vida. Também a construir uma ponte para um relacionamento com meu pai.
Ambos mudamos e passamos a observar mais.
E foi fundamental para o meu desenvolvimento no trabalho também. Você passa a realmente observar mais os processos, o que ajuda absurdamente na criatividade e na conexão com o que se produz.
Hoje o Jardim de Ástyras é uma pequena marca de encadernação. Com o objetivo audacioso de te ajudar na sua jornada, usando uma das mais antigas formas de se expressar, o papel.
E ainda deixar um legado.
Costurar folhas em branco é muito mais significativo e poderoso do que eu poderia imaginar.
Obrigada por estar aqui.
Sinta-se em casa. E vamos voar juntos.